COUCHSURFING - Estudante do Cazaquistão faz rápido tour por Roraima

Passar pelo estado mais setentrional do Brasil, inicialmente, não estava em seus planos. Porém, movida pela curiosidade, Alexandra Sitenko, vinda do Cazaquistão, resolveu dar uma volta por aqui. A viagem faz parte de um ciclo de visitas a países da América do Sul, já que a jovem faz mestrado em Estudos Latino-Americanos, em uma universidade de Berlim (Alemanha).

Alexandra é fluente em inglês e espanhol, mas conhece pouco do português. Chegou a Boa Vista na manhã de domingo (03), vindo da Venezuela. O país vizinho é o principal foco de sua pesquisa para sua tese de mestrado. Assim, veio conhecer a cultura, a política e, principalmente, as paisagens naturais, tanto de lá quanto daqui.

“Escrevo sobre a integração entre Venezuela e Rússia. E por isso, fui até lá para pesquisar sobre um país que nunca conheci. Por isso, passei três meses investigando, tendo apoio de uma Ong alemã, localizada na Venezuela. Assim, tive meios de conhecer os lugares, visitar os pontos turísticos e os cartões postais”.

A estudante consegue estadia por onde passa graças ao programa CouchSurfing, portal de intercâmbio em que pessoas cadastradas cedem moradia temporária (um ‘sofá’, como se diz popularmente) a estrangeiros. Foi assim que ela foi parar em uma casa no bairro São Francisco.

Além das paisagens naturais e os lugares em que visitou, foi a hospitalidade brasileira que mais chamou a atenção de Alexandra, uma vez que esta foi sua primeira visita ao país e não imaginava como seria tratada, por ser estrangeira de um país bem distante.

“Tive pouco tempo para conhecer Roraima, mas com o pouco que vi, fiquei encantada. Os brasileiros são pessoas ótimas, hospitaleiras e muito amistosas. Em Caracas, por onde passei, as pessoas são um pouco diferente, mais fechadas. Isso, devido a forma em que eles vivem por lá”. 

Alexandra, em passagem pela Venezuela

Ontem (05), Alexandra deixou Roraima e seguiu viagem, cujo trajeto ainda inclui as cidades de Manaus (AM), Salvador (BA) e Rio de Janeiro (RJ), em mais três meses em solo brasileiro. Só depois desse período é que a jovem vai retornar a Berlim, onde vai entregar sua tese. 

Após isso, ela só pensa em férias com a família no Cazaquistão. Ela contou que já faz uma temporada em que está longe dos parentes, mas que sempre mantém contato com cada um deles, seja por e-mail ou pelas redes sociais. Ela ainda tem planos de retornar ao Brasil, só que de férias.

“Quero retornar ao Brasil, em breve, mas por um tempo maior. E também quero conhecer mais do Estado de Roraima, que é um lugar muito lindo. Estou impressionada com tudo o que vi e quero muito voltar”.

Por Fábio Cavalcante (@Fabiocbv)