Programa de computador fará o que as mulheres já fazem há muito tempo: descobrir se estamos bêbados

Tela Sapiens | 07:33 | 0 comentários



Sabe aquela(s) cervejinha(s) que muita gente (eu) toma durante ou depois do almoço? Bom, não?! Pois é, lhe digo que felicidade de pobre dura pouco. Isso tudo porque uma dupla de cientistas (que poderia estar desenvolvendo alguma coisa de fato importante pra humanidade, como detectar matéria escura, desenvolver um motor de dobra espacial, por exemplo) estão criando um programa de computador capaz de identificar se uma pessoa está sob o efeito de álcool, o mínimo que seja.

Muitas pessoas conseguem disfarçar o excesso de álcool no sangue, tomam como bordão a tão dita frase; “eu sei beber”, mas agora essa arte será posta a prova graças as mentes brilhantes dos cientistas gregos Geórgia Koukiou e Vassilis Anastassopoulos, do Laboratório de Eletrônica da Universidade de Patras (Grécia).

O programa será capaz de identificar se uma pessoa está bêbada baseada em sua temperatura corporal, é semelhante a uma câmera que capta a temperatura corporal. Para que isso seja possível, a dupla desenvolveu dois algoritmos, ambos capazes de identificar se uma pessoa bebeu demais com base em imagens térmicas do seu rosto.

É certo que esse programinha vai acabar com a alegria de muitos, principalmente dos branquelos (a), já que uma das bases da pesquisa é o fato de que o álcool causa dilatação de vasos sanguíneos na superfície da pele, esquentando algumas áreas do rosto (como o nariz e as bochechas) as deixando vermelhas. Nem sempre isso é percebida apenas com o olhar, principalmente em pessoas com peles mais escuras, uma câmera infravermelha, porém, consegue identificar essas regiões quentes com facilidade. É aí que todos são desmascarados.

Os dois cientistas explicam que o sistema poderá evitar julgamentos baseados apenas no comportamento da pessoa e dar evidências definitivas de embriaguez – o que facilitaria a aplicação de leis.

Especificamente falando, para que o sistema funcione, foi desenvolvido dois algoritmos, sendo que um basicamente analisa a cor (e, portanto, a temperatura) de áreas específicas do rosto e compara com base de dados contendo imagens de pessoas sóbrias ou bêbadas. Essa tecnologia é similar a uma outra já usada em aeroportos internacionais para identificar se uma pessoa está infectada por algum vírus que cause febre (como o da gripe, por exemplo).

Já o segundo algoritmo analisa todo o rosto da pessoa e identifica as diferenças de temperaturas entre várias áreas. Como é o caso de muita gente, notamos que uma pessoa está alegre demais quando o nariz esquenta (tomando uma cor avermelhada) e a testa fica com uma temperatura mais baixa (e suada). Um dos desafios enfrentado pelos pesquisadores, foi fazer com que os algoritmos fossem capazes de reconhecer as diversas partes do rosto da pessoa. Deveriam tomar algo quente para as idéias fluírem melhor, mas é só uma dica.

No futuro, é possível que os dois algoritmos sejam usados em conjunto para identificar em instantes quando uma pessoa entra embriagada em um local público e permitir uma ação preventiva para evitar que ela cause algum problema, mesma alegando que não está alterada, por exemplo.

Por Rodrigo Litaiff - @guidolitaiff

 

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